Wellington Balbo – Bauru SP
Jesus,
o maior sábio que passou por nós, ensinava-nos a surpreender.
Se te
fizerem o mal, não rebatas, ao contrário, faz todo o bem possível, dizia ELE...
A
mensagem de Jesus fez-me lembrar uma situação que passei há alguns anos. Eu
nutria certa antipatia por determinada pessoa por conta de sua religião,
naquela arcaica mania de considerar que apenas aquilo que cremos
leva-nos à verdade.
Ela,
porém, talvez captando meus fluidos antipáticos não me destilou dardos mentais
ou se afastou. Fez o contrário. Sem falsidade ou ironia descobriu o que eu
gostava de comer e presenteou-me com a guloseima.
Uma
atitude simples, sem alarde, mas que me fez refletir sobre minha antipatia
gratuita.
Quando
adoeci em 2011 lá estava ela com suas orações, pedidos aos santos e vibrações
em meu benefício.
Sim,
era e foi possível sermos amigos.
Somos
até hoje.
Fico
a refletir naquelas pessoas que nutrem antipatia gratuita por outras e não se
dão o trabalho de refletir nas razões... Certamente perdem ótimas oportunidades
de enriquecer a existência fazendo amigos...
O
Espiritismo nos ensina que ninguém é mau apenas porque nutre antipatias por
esta ou aquela pessoa.
Em
muitas ocasiões a antipatia é oriunda da falta de afinidade de idéias. No
entanto, os Espíritos afirmam também que quanto mais evoluirmos
menos antipatias teremos no universo, este lar que nos abriga.
Natural
que seja assim, afinal, estamos caminhando para o equilíbrio e seres
equilibrados não andam por ai “caçando antipatias”.
Obviamente
que as antipatias podem ter residência em existências passadas, contudo, nem
sempre é assim. Não raro as antipatias são oriundas de uma certa “má vontade”
de nossa parte em compreender o ponto de vista do outro, ou enxergar suas
virtudes.
Não é
legal depositarmos a nossa antipatia apenas na conta das existências passadas.
“São desafetos”, dizem os mais apressados.
Esta
é uma ideia muito rasa.
Ora,
se Deus nos proporcionou o esquecimento temporário uma das razões é justamente
a de que é necessário ter um pouco de boa vontade para superar alguns traumas
passados.
Recordo-me
de um amigo, muito rico, que comentou certa vez: “ Minha maior conquista nesta
existência não foram os apartamentos, empresas e terrenos que possuo... Minha
maior conquista foi ter reconciliado-me com meu pai. Almas antipáticas,
conseguimos superar com muito esforço o que nos desunia. Hoje, embora tenhamos
divergências, convivemos de forma pacífica e somos, QUEM DIRIA?! bons
amigos”...
Que
beleza! Como é bom poder enfrentar nossos próprios fantasmas e dar o grito de
libertação do egoísmo que caracteriza o homem antigo.
Fiquei
feliz pelo meu amigo...
Que
possamos, dentro da medida do possível refletirmos nas razões que nos levam a
ter antipatia por A, B ou C.
O
mestre orientava que em casos de antipatia, ofensas, dificuldades, façamos o
contrário, exercitemos a boa vontade.
As
lições de Jesus são tão simples, pena que muitas vezes complicamos...
Pensemos
nisto!